A Polícia Federal (PF) pediu a remoção de Luiz Inácio Lula da Silva de
suas dependências, em Curitiba. Na sexta-feira, foi pedido sob sigilo à
juíza Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, que o
ex-presidente deixe a "cela" especial preparada para início do
cumprimento da pena de 12 anos e um mês de prisão no caso triplex do
Guarujá (SP).
Nesta
segunda-feira, a juíza responsável pela execução da pena de Lula
determinou que o pedido seja analisado em um processo à parte. "Autue-se
em apartado o expediente." O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a PF não indicou para qual unidade prisional Lula deve ser removido.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o
ofício da Polícia Federal destaca que "tem-se uma perspectiva de gastos
de aproximadamente R$ 300 mil" ao mês com diárias de policiais,
passagens e deslocamentos de pessoal de outras unidades para reforçar a
segurança do local.
Em sua terceira semana encarcerado na
PF, para início de cumprimento da pena - após encerramento do processo
em segunda instância -, a defesa do ex-presidente não solicitou até aqui
o pedido de remoção para uma unidade prisional próxima do domicílio, um
direito previsto na Lei de Execução Penal.
Nesta
segunda-feira, a juíza negou pedido de 14 pessoas que queriam visitar
Lula alegando serem amigos do ex-presidente. Carolina Lebbos determinou
que as visitas ao petista, enquanto ele estiver na unidade policial,
estarão restritas aos familiares, além do contato regular com os
advogados. Pela regra, Lula tem direito de ver a família uma vez por
semana. O contato com os advogados é diário, durante os dias úteis da
semana. Regras iguais as dos demais detentos que estão na carceragem da
PF, que fica dois andares abaixo do local onde está sua "cela" especial.
A aliados, ao advogado e nas mensagens ao militantes
enviados nas últimas semanas, o petista reclama do isolamento, mas não
das condições físicas do cárcere.
Correio do Povo