Um idoso de 65 anos morreu no domingo (25) em Blumenau, no Vale do Itajaí, após dias internado. Na terça-feira (20) ele foi
agredido em um posto de combustível após um desentendimento no trânsito,
segundo a Polícia Militar. As imagens das câmeras de segurança
registraram a agressão contra o caminhoneiro .
Orlando Gross seguia de Pomerode para Blumenau e teria, supostamente,
cortado a frente de um automóvel. O motorista do carro seguiu o
caminhoneiro até ele estacionar no posto de combustíveis, como mostrou o
Jornal do Almoço desta segunda (26). Após estacionar o caminhão, Gross
foi abordado pelo motorista do carro.
“Ele chegou reclamando que o seu Orlando deu uma fechada nele e veio
quase a cair num buraco. O rapaz foi para cima, foi empurrando,
peitando. Aí o seu Orlando, para se defender, empurrou o rapaz e tentou
dar um soco. O rapaz, como é novo, ágil, chegou e deu um gancho e ele
não teve reação ao soco do rapaz”, conta Rogério Batista, frentista do
ponto.
Ele diz que o caminhoneiro tentou ligar para a polícia antes de ser agredido, mas foi impedido pelo outro homem.
As imagens mostram o momento em que Orlando é agredido e cai deitado no
chão. Os funcionários do posto chamaram o Samu, que teria alegado não
ter ambulância disponível. O socorro chegou 17 minutos depois da
agressão, com os bombeiros.
Segundo a PM, o suspeito de 28 anos assinou um termo circunstanciado no local e foi liberado.
Após a agressão, Gross ficou em coma e não resistiu às complicações do traumatismo craniano. Ele morreu na tarde de domingo no hospital.
“Meu pai caiu no chão e dali ele ficou. Agora a gente está aqui
chorando a morte dele por uma idiotice, por uma falta de tolerância, por
uma falta de amor. A gente não tem como voltar e mudar o tempo, mas
peço que a justiça seja feita, que as autoridades ajam para que isso não
se repita e outras famílias não precisem sentir a dor que a gente está
sentido”, diz Sandra Gross, filha do caminhoneiro.
A família da vítima reclama que na hora da agressão já foi possível
perceber que o caso era grave e que o agressor deveria ter sido levado à
delegacia.
A PM justificou dizendo que naquele momento se tratava de uma
ocorrência de lesão corporal e não havia indícios de um crime de maior
potencial ofensivo.
Com a morte do caminhoneiro, o termo circunstanciado deve ser
encaminhado à Polícia Civil para abertura de inquérito. O suspeito pode
responder pelo crime de agressão corporal seguido de morte.
G1 SC
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