terça-feira, 27 de junho de 2017

Idoso morre após ser agredido em briga no trânsito em Blumenau

 Um idoso de 65 anos morreu no domingo (25) em Blumenau, no Vale do Itajaí, após dias internado. Na terça-feira (20) ele foi agredido em um posto de combustível após um desentendimento no trânsito, segundo a Polícia Militar. As imagens das câmeras de segurança registraram a agressão contra o caminhoneiro .
 Orlando Gross seguia de Pomerode para Blumenau e teria, supostamente, cortado a frente de um automóvel. O motorista do carro seguiu o caminhoneiro até ele estacionar no posto de combustíveis, como mostrou o Jornal do Almoço desta segunda (26). Após estacionar o caminhão, Gross foi abordado pelo motorista do carro.
 “Ele chegou reclamando que o seu Orlando deu uma fechada nele e veio quase a cair num buraco. O rapaz foi para cima, foi empurrando, peitando. Aí o seu Orlando, para se defender, empurrou o rapaz e tentou dar um soco. O rapaz, como é novo, ágil, chegou e deu um gancho e ele não teve reação ao soco do rapaz”, conta Rogério Batista, frentista do ponto.
 Ele diz que o caminhoneiro tentou ligar para a polícia antes de ser agredido, mas foi impedido pelo outro homem.
 As imagens mostram o momento em que Orlando é agredido e cai deitado no chão. Os funcionários do posto chamaram o Samu, que teria alegado não ter ambulância disponível. O socorro chegou 17 minutos depois da agressão, com os bombeiros.
Segundo a PM, o suspeito de 28 anos assinou um termo circunstanciado no local e foi liberado.

Orlando foi agredido em posto de combustível em Blumenau  (Foto: Reprodução/RBS TV)

 Após a agressão, Gross ficou em coma e não resistiu às complicações do traumatismo craniano. Ele morreu na tarde de domingo no hospital.
 “Meu pai caiu no chão e dali ele ficou. Agora a gente está aqui chorando a morte dele por uma idiotice, por uma falta de tolerância, por uma falta de amor. A gente não tem como voltar e mudar o tempo, mas peço que a justiça seja feita, que as autoridades ajam para que isso não se repita e outras famílias não precisem sentir a dor que a gente está sentido”, diz Sandra Gross, filha do caminhoneiro.
 A família da vítima reclama que na hora da agressão já foi possível perceber que o caso era grave e que o agressor deveria ter sido levado à delegacia.
 A PM justificou dizendo que naquele momento se tratava de uma ocorrência de lesão corporal e não havia indícios de um crime de maior potencial ofensivo.
 Com a morte do caminhoneiro, o termo circunstanciado deve ser encaminhado à Polícia Civil para abertura de inquérito. O suspeito pode responder pelo crime de agressão corporal seguido de morte.





G1  SC